quinta-feira, 8 de novembro de 2012

LEIA O QUE AGNALDO TIMÓTEO GRITAVA NA ARQUIBANCADA VENDO RONALDO JOGAR.

Ronaldo na infância: paixão por aviões e pouco sucesso com as meninas

Seu Nélio, pai do craque, revela curiosidades dos tempos de garoto do Fenômeno, em Bento Ribeiro, na zona norte do Rio de Janeiro
 
Carlos Augusto Ferrari Rio de Janeiro
 
A cena ficou imortalizada na cabeça do torcedor: Ronaldo sorri, corre de braços abertos e festeja com a torcida mais um gol. Em 16 anos de muito sucesso e quase 500 gols, o Fenômeno transformou o “aviãozinho” em sua marca registrada. Mas, muito antes de sonhar em ser um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, o garoto nascido em Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, já era apaixonado pela invenção de Santos Dumont.
A foto ao lado, tirada em 1980 com o pai Nélio e o irmão Nelinho, mostra o fascínio dele pelos aviões. Com apenas quatro anos, Ronaldo (à direita na imagem abaixo) foi ao Campo dos Afonsos, base da Força Aérea Brasileira no Rio de Janeiro, para vê-los de perto depois de muita insistência.

- Ele adorava aviões e sempre dizia que gostaria de ver um mais de perto. Naquele dia, ficou encantado quando viu a Esquadrilha da Fumaça. Mal sabia ele que alguns anos depois viajaria tanto assim (risos) – contou Seu Nélio, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, no condomínio de alto padrão onde mora, na Barra da Tijuca.

Bem antes de ser Fenômeno: Ronaldo (à direita), junto do seu pai, Nélio, e do irmão Nelinho

Os aviões só perdiam na preferência de Ronaldo quando o assunto era o futebol. Desde muito pequeno, “Dadado” (os irmãos Nelinho e Ione não conseguiam pronunciar corretamente o nome dele) mostrava pelas ruas de Bento Ribeiro, Zona Norte, que tinha tudo para seguir uma carreira profissional. Fato que o impediu até cogitar uma outra profissão.


- Ele sempre se destacou entre os outros garotos. Já dava para ver que tinha talento. Não deu tempo de pensar em fazer outra coisa da vida. As coisas aconteceram muito rapidamente – acrescentou o pai.

Apesar do apreço do filho pelas peladas de rua, Seu Nélio revela que ele nunca descuidou do rendimento escolar. No entanto, os cadernos serviam também para uma outra atividade: anotar os gols que fazia nos jogos pelo bairro.

- Ele não era um aluno nota 10. Estava sempre na média. O Ronaldo sempre foi muito responsável, acordava cedo e não era preguiçoso. Mas sempre gostou mesmo é da bola. Ele tinha um caderno com todos os gols que fazia. Era só marcar um para correr e escrever – lembrou.

Mas foi quando chegou ao São Cristóvão que Ronaldo passou a ser tratado como uma grande promessa. Em um dos primeiros jogos, sentiu a ira da torcida adversária, principalmente do cantor e ex-deputado Agnaldo Timóteo, presente nas arquibancadas.


- Jogavam Botafogoe São Cristóvão pelas categorias de base. O Ronaldo estava arrebentando com a partida e o Agnaldo começou a gritar: “Peeeega o 9!”. Eu disse: “Pô, é meu filho!”. No final, virou brincadeira e nós até nos tornamos amigos (risos) – disse.


 

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